Pragas Urbanas
Barata
A barata situa-se entre os insetos mais comuns e antigos existentes na Terra (há fósseis de baratas com mais de 300 milhões de anos!). Existem aproximadamente 3.500 espécies diferentes de baratas já estudadas no mundo todo, embora apenas três ou quatro delas tenham se tornado problemáticas para o ser humano, ao invadir com sucesso as cidades, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. Este inseto de corpo achatado tem hábitos noturnos. E por isso, se for visto durante o dia, há a possibilidade de significar infestações de enormes proporções ou diminuição da fonte de alimento. A barata geralmente tem preferência por ambientes úmidos e quentes (melhor se houver pouca ou nenhuma luz). É onívoro (come qualquer tipo de alimento) e a maioria das espécies gosta de viver reunida em grandes grupos, onde há indivíduos de todas as idades. Busca abrigo e esconderijo nas fendas, gretas, rachaduras e pequenos espaços, onde sente-se protegida. Muito rápida, a barata consegue escalar facilmente superficies verticais - incluindo o vidro, graças às formações almofadadas nas pontas de seus tarsos. A barata desenvolve-se por metamorfose gradual (incompleta) onde há ovos, ninfas e adultas. A fêmea, após a fecundação, produz uma bolsa de quitina (denominada ooteca), no interior da qual estarão protegidos seus ovos em número variável segundo a espécie (na barata alemāzinha - Blatella germanica - são 46). As ninfas recém-saídas da ooteca têm coloração quase branca e vão adquirindo a cor característica das baratas à medida em que o tempo passa. Hå uma sucessão de estágios ninfais, dependendo da espécie, até chegar à idade adulta, quando a barata terá asas completamente formadas (há algumas espécies como a Blatta orientalis que não voa, enquanto que a Periplaneta americana - barata americana, barata dos esgotos - voa muito bem a grandes distâncias).
Ratazana
A ratazana (Rattus norvegicus) é a maior das espécies de roedores comensais. É forte e agressiva. O macho adulto chega a pesar, sob circunstâncias favoráveis, até 500 g. Recebe nomes regionais como gabirú ou guabirú, rato pardo, rato de esgoto, etc. É fossorial (escava tocas e túneis) e habita, nas cidades, preferencialmente as redes públicas de esgoto ou outras galerias subterrâneas. Raramente habita o interior de residências, onde só entra para obter alimentos. Sua vida em liberdade pode chegar a dois anos, o que raramente acontece devido a doenças, ferimentos mortais, ação de seus inimigos naturais (gatos, cães e o próprio Homem), canibalismo, etc. Estabelece territórios grandes (cerca de 50 metros de raio), que defende ferozmente contra invasões de outras ratazanas que não pertençam à sua família. As colônias podem ser extremamente numerosas se houver alimento farto disponível. É neófobo (desconfia de qualquer objeto novo que surja em seu território) o que dificulta seu controle através de armadilhas ou ratoeiras. Muito prolífero (cerca de oito gestações por ano), pratica o canibalismo como forma de controle populacional, se houver necessidade. Como os demais roedores sinantrópicos, tem hábitos noturnos. Se começa a surgir à luz do dia, pode ser indicativo de altíssimas infestações. Onívoro (ingere qualquer tipo de alimento), demonstra preferência por grãos de cereais integrais, mas pode ser atraído por diferentes tipos de iscas.
Rato preto
O chamado rato preto (Rattus rattus) nem sempre é preto, Sua pelagem pode ser mais clara, tendendo ao grafite, ao cinza ou até mesmo ao marrom escuro. Recebe vários nomes regionais em nosso país, como rato de telhado, rato de forro, rato de paiol, etc. Forte e ágil, o macho adulto chega a pesar cerca de 200 g. Não sendo roedor fossorial (não gosta de escavar tocas e túneis), apresenta marcada preferência por habitar locais longe do solo, fazendo seus ninhos nas estruturas de sustentação dos telhados e nos forros das residências, sempre que possível. Se não for possível, busca ocos e espaços junto às estruturas e paredes. Sua vida dura em torno de 1,5 anos e é bastante prolífero (cerca de 8 ninhadas por ano). Tem nos gatos (naturalmente) e nas ratazanas, seus maiores inimigos. Desenvolveu aguçado senso de equilíbrio, o que lhe permite andar e correr por traves e vigas dos telhados e mesmo por fios elétricos. De hábitos noturnos, desce ao solo em busca de alimento, água e acasalamento. Passa cerca de 40% de seu tempo acordado, dedicado à tarefa de limpeza de seu pelame por meio de vigorosas lambeduras. Machos e fêmeas acasalam livremente, não havendo formação de pares.
Camundongo
Com o nome científico de Mus musculus, o pequeno camundongo recebe vários nomes regionais em nosso país, como catita, ratinho, ratinho de gaveta, rato de botica, muricha, etc. Está entre os menores roedores do planeta - o macho adulto pesa cerca de 15 g. Cosmopolita, o camundongo representa a espécie de roedor que mais se aproximou e vive em estreito contato com a espécie humana. Seus mais poderosos inimigos são os gatos, naturalmente, os ratos, os cães e o próprio Homem. Animal nervoso, quase não pára em suas andanças e percorre seu território várias vezes por noite em busca de alimento, para acasalar e, os machos, na defesa contra outros machos. Tem poucas necessidades hídricas, pois retira a água que necessita do próprio alimento que ingere. Seu território mede cerca de três metros de raio. Ali nasce, vive e morre, a menos que entre em alguma caixa ou outro recipiente e seja transportado para outros locais, onde estabelecerá novos territórios. Um macho acasala com várias fêmeas e suas proles são numerosas. Vive cerca de um ano e sua maturidade sexual é atingida pouco mais de um mês depois de seu nascimento. É cauteloso, mas apresenta o fenômeno da neofilia (amigo de coisas novas). Essa incontida curiosidade natural permite controlar pequenas infestações de camundongos com o simples uso de armadilhas ou ratoeiras. É onívoro (ingere qualquer tipo de alimento), mas demonstra clara preferência por grãos integrais de cereais. Não sendo fossorial (não escava tocas e túneis), faz seus ninhos em gavetas, no interior de armários ou em qualquer desvio que o proteja adequadamente.
Cupim
Quem nunca teve um móvel atacado por cupins sabe o transtorno que essa praga pode causar. Conhecidos também como térmitas, siriris ou aleluias, esses insetos invertebrados da ordem Isoptera são notórios por destruir objetos de madeira e outros materiais à base de celulose. Embora apenas 10% das mais de 2.000 espécies causem prejuízos em plantações, sua presença é um desafio constante em áreas urbanas. Apesar dos danos, os cupins possuem uma grande importância ecológica. Em termos de biomassa, são tão abundantes quanto formigas e minhocas, atuando como decompositores e auxiliando na aeração e nutrição do solo. Tipos de Cupim Para entender melhor como lidar com eles, classificamos os cupins em três tipos principais que afetam diretamente o ser humano: Cupim de Madeira Seca: Instala-se em móveis e peças de madeira com baixa umidade. A infestação é difícil de ser detectada no início, pois a destruição ocorre internamente, com a criação de galerias. A presença de fezes finas, semelhantes a grãos de areia, é um sinal de alerta. Entre setembro e dezembro, os cupins alados (com asas) buscam novos locais para formar colônias. Cupim Subterrâneo: Considerado uma praga urbana de alto potencial destrutivo. Além da madeira, ataca qualquer material com celulose e necessita de umidade para sobreviver. As colônias geralmente se desenvolvem no solo, e os cupins constroem túneis (galerias) através de fundações, paredes e tubulações para chegar ao alimento. Tubos de lama são o principal indicativo de sua presença. Cupim Arborícola: Diferente dos outros, o cupim arborícola constrói seus ninhos característicos em árvores, postes ou até mesmo em estruturas altas de edificações. Seus ninhos são grandes, escuros e facilmente visíveis, feitos de uma mistura de terra, saliva e fezes. Embora sua dieta principal seja a celulose presente nas árvores, eles podem infestar telhados e estruturas de madeira próximas, representando um risco para imóveis. A remoção dos ninhos é essencial para o controle. Organização Social e Reprodução Assim como outros insetos sociais, os cupins vivem em colônias altamente organizadas, com diferentes castas: Rei e Rainha: Responsáveis pela reprodução. Uma rainha pode viver por décadas, produzindo milhões de ovos. Operários: A maioria da colônia, encarregados da alimentação, limpeza e construção. Soldados: Defendem a colônia. Sexuados Alados (machos e fêmeas): Responsáveis por iniciar novas colônias. Após a "revoada", perdem as asas e formam um novo ninho. Uma colônia leva de 2 a 4 anos para amadurecer e começar a produzir novos alados, reiniciando o ciclo de infestação. A Dualidade do Cupim Os cupins são onipresentes, do campo à cidade, demonstrando um equilíbrio entre sua capacidade destrutiva e sua vital função ecológica. Reconhecê-los e entender seus hábitos é o primeiro passo para o controle e a prevenção.
Formiga doceira
Um grupo de seis espécies diferentes de formigas frequentam o interior das residências, hospitais, lojas de comércio e indústrias. Ali se estabelecem com facilidade e procriam, chegando a causar infestações que podem ser extremamente incômodas e até perigosas, como é o caso dos hospitais e outros estabelecimentos médicos. Esse grupo de formigas, denominadas como "formigas doceiras", às vezes podem ser difíceis de serem combatidas e eliminadas, retomando as áreas tratadas bem pouco tempo depois do tratamento aplicado. Seu combate bem sucedido numa área alvo depende da eliminação da formiga rainha do formigueiro, que nem sempre pode ser alcançada pelos tratamentos comuns de pulverização ou iscagem. Há duas formas de tratamento e extinção completa das formigas doceiras: através de uma isca sólida com o produto SNIP e outra, mais profissional, através de uma única aplicação do biocida microencapsulado DIACAP.
Mosquito (pernilongo)
Os mosquitos recebem, em nosso país, grande variedade de nomes populares: pernilongos, muriçocas, carapanās, pluns, potós, etc. São insetos alados dípteros (duas asas), que se desenvolvem por metamorfose completa (ovo-larvas-pupa- adulto), com aparelho bucal do tipo picador-sugador. A fêmea necessita sugar sangue para maturar os ovos após terem sido fecundadas; isso torna os mosquitos potencialmente perigosos na transmissão de doenças ao ser humano ou aos demais animais. Algumas espécies podem representar apenas severo incômodo às pessoas. Enfermidades muito severas e mortais podem ser transmitidas pelos mosquitos, chamando a atenção no Brasil a dengue, a febre amarela (silvestre e urbana), a leishmaniose e inúmeras encefalites virais pouco conhecidas. Os ovos são depositados isolados ou aos grupos, formando jangadas, sempre em coleções líquidas constituídas por águas limpas ou salobras (conforme a espécie): em poças, vasos ornamentais, garrafas, latas e pneus abandonados, piscinas semi vazias, fundações alagadas de construções interrompidas, valas de drenagem, lagos e lagoas, remansos de cursos d'água, etc. Ovos, larvas e pupas passam suas fases inteiramente na água e a escolha do criadouro depende da espécie do mosquito. As larvas passam por quatro estágios diferentes, num período que vai de 4 a 10 dias, segundo a espécie, até formar a pupa. Esse estágio pode durar apenas um dia ou até algumas semanas, quando então situa-se na superfície da água, rompe-se e liberta um mosquito adulto completamente formado. O macho alça um curto voo até a vegetação mais próxima do criadouro, onde espera chegar as fêmeas, para fecundá-las. Machos e fêmeas alimentam-se da seiva de plantas, mas uma vez fecundadas, as fêmeas necessitam de um repasto sanguíneo para maturar seus ovos, e saem em busca de um animal ou de um ser humano para sugar. São bons voadores e fazem uso das correntes de vento para percorrer grandes distâncias. Através de sua visão em infravermelho, localizam suas vítimas e, nelas, os vasos sangüíneos superficiais. Antes de entrar nas residências, pousam na vegetação adjacente e nos muros e paredes circundantes. No interior das residências, pousam preferencialmente nas cortinas, plantas ornamentais, paredes e tetos.
Mosca doméstica
A mosca comum ou doméstica (Musca domestica) tem distribuição universal e adaptou-se muito bem ao convívio com a espécie humana. Onívora (ingere qualquer tipo de alimento), é considerada um risco à saúde devido seu potencial de disseminação de bactérias, vírus, protozoários e fungos patogênicos levados em seu corpo e suas patas. Cada mosca fêmea põe cerca de 700 ovos (6 baterias de 100 a 150 ovos) em não mais de dois dias após a cópula. Procura matéria orgânica em decomposição para depositá-los (fezes animais ou humanas, lixo doméstico, etc.). Inseto que se desenvolve por metamorfose completa, a mosca passa por quatro fases distintas em sua vida: ovo-larvas-pupa-adulto. Os ovos maturam em algumas horas e já liberam a primeira forma larval, a larva I que, alimentando-se do substrato (matéria orgânica) onde eclodiu, evolui para liberar a larva II, um ou dois dias depois. Esta transforma-se na última forma larval em mais um ou dois dias, a larva III. Por sua vez, esta entra em processo de pupagem em mais dois dias e alguns dias depois, da pupa emerge a mosca adulta completamente formada, tudo isso em pouco mais de uma semana nos meses mais quentes e úmidos do ano. A mosca adulta estará pronta para reproduzir cerca de 18 (machos) a 30 horas (fêmeas) depois de sair do pupário. Essa incrível capacidade de reprodução (cerca de 30 gerações num só ano) torna a mosca doméstica uma das pragas mais importantes nos centros urbanos e também na zona rural. A mosca adulta tem excelente visão e um olfato apenas razoável; alimenta-se de praticamente todos os tipos de alimentos, embora busque basicamente carboidratos e açúcares (a fêmea requer proteínas). Seu aparelho bucal é do tipo lambedor-sugador, e por isso só pode ingerir alimentos líquidos ou pastosos. Ótima voadora, a mosca desloca-se a velocidades em torno de 6 a 8 km/h e pode atingir de 1 a 5 km de distância de seu nascedouro, embora a maioria delas procure permanecer nas imediações (100 a 500 metros). Inseto de hábitos diurnos, descansa à noite pousada nas paredes, nos tetos e mesmo nos pisos (superfícies horizontais); demonstra clara preferência para pousar sobre corpos cilíndricos (horizontais ou verticais), tais como fios elétricos, arames, canos, quinas arredondadas de paredes, etc. Evita correntes de vento e demonstra marcada atração durante o dia pelas cores amarelo e vermelha, especialmente quando combinadas (a cor das feridas dos animais). A noite e em dias mais quentes é mais atraída pelas cores azuladas e ultravioleta.
Moscas varejeiras
O grupo de moscas chamadas no conjunto de "moscas varejeiras" (inclui espécies como as Chrysomya spp e as Cochliomyia spp) tem uma característica que o distingue: elas exibem cores metálicas fortes em seus corpos, principalmente no abdômen (verde, cobre, azul, violeta, etc). Possuem o mesmo ciclo das moscas domésticas (veja Mosca doméstica) com ovos brancos, três estágios larvais, pupa e adulto. A maioria das varejeiras vai de ovo a adulto em aproximadamente 20 dias, dependendo da temperatura ambiente. Seu aparelho bucal é do tipo lambedor-sugador, como o da mosca comum, A larva da varejeira alimenta-se de carcaças, vísceras e excrementos de vários animais, razão pela qual a varejeira adulta é muito encontrada em abatedouros, aviários, lixo doméstico, feiras livres, curtumes, aterros sanitários e lixões a céu aberto. O alimento preferencial das moscas varejeiras adultas é o sangue.
Aranhas
Com oito pernas (e não seis, como nos insetos) e seu formato inconfundível, a aranha é facilmente reconhecível, não importando seu tamanho. Ela não tem asas, nem antenas. É dotada de ferrões (quelíceras), por meio dos quais pode instilar veneno nos corpos de suas vítimas. A maioria das espécies de aranhas encontradas nas cidades é completamente inofensiva e passa a vida dedicada ao trabalho de capturar insetos. Mas há algumas espécies que também se adaptaram às cidades e chegam a ser um grave problema de saúde pública no Brasil, como a temida "aranha marrom" (Loxosceles spp). A aranha é capaz de tecer fios de seda, com os quais constrói teias. Muitas constroem teias complexas e bem elaboradas; outras apenas juntam fios sem nenhuma simetria, formando tufos parecidos com algodão. Outras mais, praticamente não constroem teias. Habitam cantos escuros ou espaços com razoável teor de umidade. Algumas espécies habitam pequenos buracos rasos protegidos sob a grama nos jardins. As aranhas em geral (excetuando-se as pesadas caranguejeiras) não apoiam seus corpos no solo enquanto descansam; permanecem apoiadas apenas nas pontas de seus tarsos, o que dificulta sobremaneira seu controle com produtos químicos.
Pulga
A pulga é um dos insetos mais bem sucedidos na Natureza. É cosmopolita e destituída de asas em todas as fases de sua vida; cresce por metamorfose completa (ovo-larva-pupa e adulto). Com formas estreitas, a pulga adulta caminha confortavelmente por entre os pelos de seus hospedeiros (cão ou gato, preferencialmente), onde põe seus ovos. Sua boca é do tipo mastigador-sugador, o que lhe permite cortar a pele do hospedeiro e sugar o sangue. A pulga fêmea põe alguns ovos por dia depois de fecundada, até 200 a 400 ovos, que caem ao solo com os movimentos do animal. No solo, o ovo pode liberar a primeira larva em dois dias até algumas semanas, dependendo das condições ambientais de temperatura e umidade (a maioria, de 7 a 14 dias). As três fases de larva que se seguem, muito pequenas, alimentam-se principalmente das fezes das pulgas adultas, que contém sangue semidigerido. Cerca de 7 a 10 dias depois, a larva III procura um local seco com ciscos e poeira para formar um casulo, no interior do qual vai desenvolver-se a pupa. Cerca de 7 a 14 dias depois, estará finalizado dentro do pupário um pré-adulto, pronto para emergir assim que as condições ambientais forem favoráveis. Se não forem, o pré-adulto poderá permanecer no interior do casulo quase até um ano sem se alimentar. Ao emergir do casulo, a pulga adulta, faminta, começará a dar enormes saltos, até atingir um cão ou um gato (às vezes, uma pessoa). Depois de alimentados, machos e fêmeas podem copular tanto sobre o hospedeiro quanto no solo, reiniciando o ciclo. As principais pulgas domésticas são, em nosso país, a Ctenocephalides felis (a pulga do gato) e a Ctenocephalides canis (a pulga do cão). Os ratos têm a Xenopsylla cheopis e a Xenopsylla brasiliensis como ectoparasitas principais, transmissoras potenciais da temível peste bubônica em algumas regiões do Brasil.
Escorpiões
Os escorpiões, outro grupo de aracnídeos (quatro pares de pernas, sem antenas e sem asas), são talvez os artrópodes mais antigos da Terra (mais de 400 milhões de anos). O escorpião possui um par de quelíceras, um par de pedipalpos (dotados de pinças) e um abdômen longo e móvel, terminado por um ferrão em forma de agulha curva, por onde instila uma fortíssima peçonha neurotóxica que paralisa suas vítimas. Caçador noturno, alimenta-se preferencialmente de grilos, cigarras, pequenas aranhas e, nas cidades, principalmente de baratas de esgoto (P. americana), às quais caça pelo tato, já que enxerga muito mal. Seu corpo é formado por fortes placas quitinosas justapostas e sua cor é variável segundo a espécie, indo do amarelo palha ao negro, passando por diferentes tons de marrom. Cresce por trocas periódicas de pele (exoesqueleto). onde tanto os jovens quanto os adultos se parecem. Vive durante o dia sob pedras, paus, tocos de árvores, folhas, dormentes das estradas de ferro, raízes etc. Também pode ser encontrados embaixo de telhas, tijolos e outros materiais de construção ou inservíveis. Vive em média três ou quatro anos. A maioria das espécies de escorpiões possui indivíduos machos e fêmeas, que se acasalam para gerar filhotes. Há algumas espécies, como o temido escorpião amarelo (Tityus serrulatus) que é partenogenético - só possui um sexo (as fêmeas, que se reproduzem gerando outras fêmeas absolutamente idênticas, não têm necessidade de ser fecundadas). No Brasil, três espécies se destacam por serem um problema de saúde pública: o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), o escorpião marrom ou preto (Tityus bahiensis) e o Tityus stigmurus.
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